O abono salarial PIS/Pasep é um dos benefícios mais esperados pelos trabalhadores brasileiros todos os anos. Ele funciona como um “14º salário” para milhões de pessoas, garantindo um alívio no orçamento e ajudando no pagamento de contas ou na organização financeira. Mas, a partir de 2026, esse cenário começará a mudar — e é importante que você saiba o que está por vir.
Pela primeira vez, o benefício terá novas regras de concessão e, com isso, o número de beneficiários deve diminuir gradualmente ao longo da próxima década. O governo já confirmou que o critério de renda deixará de acompanhar o salário mínimo e passará a ser corrigido pela inflação. Quer entender o impacto dessa mudança? Vamos detalhar tudo isso a seguir.
Entendendo o que é o PIS/Pasep
Finalidade do benefício
O PIS/Pasep foi criado para promover a integração do trabalhador ao desenvolvimento das empresas e garantir uma remuneração extra anual para quem recebe salários mais baixos.
Quem tem direito hoje
Atualmente, o benefício é pago a quem:
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Recebe até dois salários mínimos em média;
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Trabalhou ao menos 30 dias no ano-base;
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Está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
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Teve os dados informados corretamente pelo empregador.
Novas regras do PIS/Pasep para 2026
O anúncio do MTE
Entre novembro e dezembro de 2025, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgará o calendário oficial do abono salarial referente ao ano-base 2024.
Alterações aprovadas pelo governo
A grande mudança é que o limite salarial não seguirá mais o aumento do salário mínimo. Em vez disso, será corrigido anualmente pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Correção pelo INPC
O INPC mede a inflação para famílias de baixa renda. A partir de 2026, o limite usado para definir quem recebe o benefício será atualizado apenas por esse índice.
Por que o governo mudou as regras?
Controle de gastos públicos
O governo busca reduzir despesas com o benefício ao longo dos anos.
Crescimento do salário mínimo acima da inflação
O salário mínimo tem tido reajustes maiores que o da inflação. Isso fazia o número de trabalhadores aptos ao PIS/Pasep aumentar constantemente.
Impacto no número de beneficiários
Com a mudança, a quantidade de pessoas elegíveis deve cair gradualmente até 2035.
Como funcionará a transição até 2035
Do limite atual ao novo modelo
Hoje, o limite é de R$ 2.640 (dois salários mínimos de 2023).
Correção anual pela inflação
A partir de 2026, esse valor será corrigido somente pelo INPC — e não mais pelo aumento do salário mínimo.
Quando o valor chegará a 1,5 salário mínimo
O governo estima que, por volta de 2035, esse valor corrigido pela inflação equivalerá a 1,5 salário mínimo.
Entendendo a lógica da transição
É como se houvesse uma “linha de chegada”. O limite atual percorre o caminho corrigido pela inflação, enquanto o salário mínimo avança mais rápido. Em algum momento, eles se encontram — e esse ponto será o novo corte definitivo.
O que muda na prática para os trabalhadores
Impacto imediato em 2026
Em 2026, ninguém perderá o benefício de uma vez. As mudanças são graduais.
Efeitos ao longo dos anos
Com o salário mínimo subindo acima da inflação, menos trabalhadores estarão dentro do limite para receber o abono.
Quem pode perder o benefício no futuro
Quem ganha entre 1,5 e 2 salários mínimos provavelmente deixará de receber o PIS/Pasep até 2035.
Exemplos práticos para entender as mudanças
Comparação entre salário mínimo e INPC
Imagine:
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Salário mínimo subindo 6% ao ano
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Inflação (INPC) subindo 3% ao ano
O limite do PIS/Pasep cresce mais devagar e, com o tempo, se aproxima de 1,5 salário mínimo.
Simulações de elegibilidade
Um trabalhador que hoje ganha o equivalente a 1,7 salário mínimo poderá ficar fora dos critérios dentro de alguns anos.
Calendário do PIS/Pasep 2026
Quando será divulgado
O calendário seguirá o padrão dos anos anteriores e deve sair entre novembro e dezembro de 2025.
Expectativas para o novo cronograma
Espera-se que os pagamentos continuem sendo organizados conforme o mês de nascimento ou número de inscrição.
Como saber se você terá direito ao benefício
Consultas disponíveis
Você pode consultar sua elegibilidade pelo:
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Aplicativo Carteira de Trabalho Digital
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Aplicativo Caixa Tem (PIS)
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Aplicativo Banco do Brasil (Pasep)
Regras de tempo de trabalho e cadastro
As regras habituais seguem valendo — o que muda é somente o critério de renda.
Benefícios e críticas da mudança
Argumentos do governo
O foco é o equilíbrio fiscal e o controle de despesas crescentes.
Pontos de preocupação para os trabalhadores
A tendência é que milhões de trabalhadores deixem de receber o benefício ao longo dos próximos anos.
Especialistas e projeções econômicas
Economistas apontam que a medida reduz gastos, mas também limita o poder de compra das famílias de baixa renda.
Prepare-se para as novas regras
O que o trabalhador deve acompanhar
Fique atento aos aumentos do salário mínimo e às divulgações do INPC.
Como planejar financeiramente
Considere que, no futuro, o benefício pode deixar de entrar no seu orçamento anual.
As novas regras do PIS/Pasep representam uma mudança significativa no benefício que milhões de brasileiros recebem todos os anos. A atualização do limite pela inflação e não mais pelo salário mínimo reduzirá, aos poucos, o número de trabalhadores aptos a receber o abono salarial. Embora o impacto não seja imediato, a transição até 2035 deve restringir o benefício apenas a quem ganha até 1,5 salário mínimo.
A melhor forma de se preparar é acompanhar os índices econômicos, ficar atento ao calendário oficial e planejar o orçamento com antecedência.
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FAQs
1. Em 2026 eu já posso perder o PIS/Pasep?
Não. A transição é gradual e começa em 2026, mas ninguém perde imediatamente.
2. O valor do benefício vai mudar com as novas regras?
Não. O cálculo do valor a receber permanece o mesmo.
3. Quem ganha mais de dois salários mínimos já fica fora em 2026?
Sim, a regra continua até que o limite corrigido pela inflação diminua ao longo dos anos.
4. O critério de 1,5 salário mínimo começa quando?
Ele será adotado somente quando a correção pelo INPC alcançar esse valor — estimado para 2035.
5. O que devo fazer para continuar recebendo?
Acompanhar o limite atualizado e garantir que seus dados estejam corretos na RAIS/eSocial.


